A malta passa 11 meses numa correria de casa para o trabalho, do trabalho para casa, horas em filas de trânsito, apertos nos transportes públicos, bicha pra tirar ticket, bicha ainda maior para o guichet, bicha enorme porque afinal é num guichet diferente, bicha monstruosa porque foram todos ao supermercado à mesmíssima hora.
E ao 12º mês a malta vai toda rumo ao mesmo destino. E depois passam as férias nas filas de trânsito, nos apertos dos transportes públicos nem por isso porque a malta vai de férias de carro pra desenferrujar aquela merda que tá perra de nunca sair do lugar do estacionamento. E ele é bichas para o pão, bichas para a fruta, bichas nas caixas de supermercado, estacionamentos a abarrotar.
Porquê? Porquê?
quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Coisas que me encanitam
- Blogs que só têm 1 ou 2 postagens por página. Porquê senhores? Porquê? É para aumentarem o número de visitas por página? É isso? Por causa das estatísticas???? Detesto! Passo logo ao próximo;
- Blogs com muitas coisas a piscar e com imensas caixas do tipo "pop-up" (ou lá como raio se chamam), que só atrapalham. Ainda por cima são caixas cheias de má, péssima publicidade;
- Blogs de culinária com fundo preto. Manias minhas, gosto de blogs de culinária o mais "clean" possível e com boas fotos, daquelas que os olhos também comem :);
- Blogs que obrigam a escrever um código estúpido, parvo e imperceptível para poder publicar um comentário.
- Blogs com muitas coisas a piscar e com imensas caixas do tipo "pop-up" (ou lá como raio se chamam), que só atrapalham. Ainda por cima são caixas cheias de má, péssima publicidade;
- Blogs de culinária com fundo preto. Manias minhas, gosto de blogs de culinária o mais "clean" possível e com boas fotos, daquelas que os olhos também comem :);
- Blogs que obrigam a escrever um código estúpido, parvo e imperceptível para poder publicar um comentário.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Os maus chefes
Acho que nunca, em tantos anos da minha vida profissional, assisti a uma onda de chefes tão maus como a que assisto actualmente. Podem ser profissionais muito bons nas suas áreas de actuação, aliás, muitos deles com provas dadas e reconhecidas. Mas quando lhes passam para as mãos funções de gestão a coisa desmorona-se. São muito poucochinhos, muito incapazes e confundem as funções de quem está lá para os assessorar. Porque é disso que se trata, assessorar: dar uma ajuda, aconselhar, recomendar, auxiliar, assistir, enfim... nada que se confunda com "tomar as decisões". Essa função compete-lhes a eles, os chefes, e já diz o ditado "quem não quer ser lobo não lhe veste a pele".
Se não querem ou não sabem tomar decisões não aceitem os cargos, porque se os aceitam têm que aceitar todas as responsabilidades inerentes. Exigir aos seus colaboradores que os auxiliem é legítimo, mas não podem exigir-lhes que tomem as decisões que competem às chefias.
E o que assisto actualmente é a uma desresponsabilização massiva por parte dos chefes. Eles não querem saber, não sabem e não se preocupam em aprender. Ficam à espera que outros resolvam os problemas, que tomem as decisões, que se cheguem à frente para dar a cara pelas organizações e acima de tudo, que não os perturbem porque são pessoas muito ocupadas e que têm assuntos pra lá de importantes para resolver.
E os colaboradores, daqueles que ainda vestem a camisola da empresa, desdobram-se em tarefas para resolver os problemas que os chefes não sabem e não querem resolver, porque é preciso dar andamento aos assuntos, prestar um bom serviço e acima de tudo proteger os que dependem das decisões a tomar, sejam eles os funcionários ou os clientes.
E quando tudo acaba em bem os chefes fazem uma festa, um verdadeiro brilharete, engalanam-se dos seus feitos como se tivessem sido eles próprios a tomar a decisão, colhem os louros e ficam com eles.
Mas ai dos colaboradores se a coisa correr mal, apontam-lhes o dedo, arrastam-nos em praça pública e passam-lhes um atestado de incompetência.
Sei do que falo, vivo isto diariamente. É triste, depois de tantos anos a trabalhar para uma Instituição de que muito me orgulho, deparar-me com chefes que não merecem os colaboradores que têm. E sinto-me incapaz, todos os dias me sinto incompetente. Vivo rodeada de chefes que não sabem decidir, que não dão orientações, que são incoerentes e inconstantes nas decisões. E acima de tudo, são muito mal formados. E não falo de formação académica, porque essa têm-na toda, todos os títulos académicos que possam existir, alguns estão no topo das carreiras. Falo daquela formação que nos é dada a partir do berço. E quando essa falha meus amigos, não há volta a dar. O carácter define o ser e isso diz tudo.
Mais triste ainda é olhar em volta, olhar para cima, para o topo da hierarquia, e aperceber-me que não tenho onde me socorrer. A minha instituição está minada de gente que não presta para mandar, que mandam mas não o sabem fazer, que ordenam mas não são líderes. Restam alguns da velha guarda que foram encostados numa prateleira, a fazer coisas menores apesar da vastíssima experiência que lhes é(era) reconhecida.
Nunca em tempo algum eu vi tantos funcionários desmotivados. Em todos os serviços, em cada departamento. Continuamos estoicamente a lutar por algo em que acreditamos mas as vergastadas vão deixando marca. Todos os dias nos questionamos se vale a pena. E chego à conclusão que a minha instituição só reflecte o estado do nosso país, numa escala menor: o desgoverno, os péssimos líderes que nós temos, os maus exemplos, os maus caracteres.
Se não querem ou não sabem tomar decisões não aceitem os cargos, porque se os aceitam têm que aceitar todas as responsabilidades inerentes. Exigir aos seus colaboradores que os auxiliem é legítimo, mas não podem exigir-lhes que tomem as decisões que competem às chefias.
E o que assisto actualmente é a uma desresponsabilização massiva por parte dos chefes. Eles não querem saber, não sabem e não se preocupam em aprender. Ficam à espera que outros resolvam os problemas, que tomem as decisões, que se cheguem à frente para dar a cara pelas organizações e acima de tudo, que não os perturbem porque são pessoas muito ocupadas e que têm assuntos pra lá de importantes para resolver.
E os colaboradores, daqueles que ainda vestem a camisola da empresa, desdobram-se em tarefas para resolver os problemas que os chefes não sabem e não querem resolver, porque é preciso dar andamento aos assuntos, prestar um bom serviço e acima de tudo proteger os que dependem das decisões a tomar, sejam eles os funcionários ou os clientes.
E quando tudo acaba em bem os chefes fazem uma festa, um verdadeiro brilharete, engalanam-se dos seus feitos como se tivessem sido eles próprios a tomar a decisão, colhem os louros e ficam com eles.
Mas ai dos colaboradores se a coisa correr mal, apontam-lhes o dedo, arrastam-nos em praça pública e passam-lhes um atestado de incompetência.
Sei do que falo, vivo isto diariamente. É triste, depois de tantos anos a trabalhar para uma Instituição de que muito me orgulho, deparar-me com chefes que não merecem os colaboradores que têm. E sinto-me incapaz, todos os dias me sinto incompetente. Vivo rodeada de chefes que não sabem decidir, que não dão orientações, que são incoerentes e inconstantes nas decisões. E acima de tudo, são muito mal formados. E não falo de formação académica, porque essa têm-na toda, todos os títulos académicos que possam existir, alguns estão no topo das carreiras. Falo daquela formação que nos é dada a partir do berço. E quando essa falha meus amigos, não há volta a dar. O carácter define o ser e isso diz tudo.
Mais triste ainda é olhar em volta, olhar para cima, para o topo da hierarquia, e aperceber-me que não tenho onde me socorrer. A minha instituição está minada de gente que não presta para mandar, que mandam mas não o sabem fazer, que ordenam mas não são líderes. Restam alguns da velha guarda que foram encostados numa prateleira, a fazer coisas menores apesar da vastíssima experiência que lhes é(era) reconhecida.
Nunca em tempo algum eu vi tantos funcionários desmotivados. Em todos os serviços, em cada departamento. Continuamos estoicamente a lutar por algo em que acreditamos mas as vergastadas vão deixando marca. Todos os dias nos questionamos se vale a pena. E chego à conclusão que a minha instituição só reflecte o estado do nosso país, numa escala menor: o desgoverno, os péssimos líderes que nós temos, os maus exemplos, os maus caracteres.
Lengalengas #1
Gosto de lengalengas :)
Velha Maricutelha
Era uma vez uma velha
Maricutelha ferrunfufelha
Ferrou-lhe uma mosca
Maricutosca ferrunfufosca
E foi-se queixar ao juiz
Maricutiz ferrunfufiz
E o juiz maricutiz ferrunfufiz
Disse à velha
Maricutelha ferrunfufelha
Quando visse uma mosca
Maricutosca ferrunfufosca
Lhe desse com a moca
Maricutoca ferrunfufoca
E a velha
Maricutelha ferrunfufelha
Ao ver uma mosca
Maricutosca ferrunfufosca
Na careca
Maricuteca ferrunfufeca
Do Juiz
Maricutiz ferrunfufiz
Deu-lhe com a moca
Maricutoca ferrunfufoca
Velha Maricutelha
Era uma vez uma velha
Maricutelha ferrunfufelha
Ferrou-lhe uma mosca
Maricutosca ferrunfufosca
E foi-se queixar ao juiz
Maricutiz ferrunfufiz
E o juiz maricutiz ferrunfufiz
Disse à velha
Maricutelha ferrunfufelha
Quando visse uma mosca
Maricutosca ferrunfufosca
Lhe desse com a moca
Maricutoca ferrunfufoca
E a velha
Maricutelha ferrunfufelha
Ao ver uma mosca
Maricutosca ferrunfufosca
Na careca
Maricuteca ferrunfufeca
Do Juiz
Maricutiz ferrunfufiz
Deu-lhe com a moca
Maricutoca ferrunfufoca
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Vamos tratar bem a Língua Portuguesa #1
É incrível o número de atropelos à língua portuguesa com que nos deparamos por essa web afora. Ia dizer blogosfera, mas a verdade é que o fenómeno vai muito além dos blogues.
Por isso vou criar a rubrica dos bons tratos à nossa querida língua materna.
Na lição de hoje:
Não se diz "há meses atrás", diz-se "há meses". O verbo haver indica a existência de um período desde o momento em que se passou a acção até ao momento em que a frase é dita.
E quem diz "há meses atrás", diz "há duas horas atrás", "há umas semanas atrás", etc. Seja como for, qualquer destas expressões está errada. Com o presente do indicativo do verbo haver (há) não se usa a palavra "atrás" e ponto final.
A propósito do bem tratar da língua portuguesa deixo-vos uma dica que no fundo é também um convite. Quando me estreei nesta coisa da net pela primeira vez, já lá vão uns anos bons, um dos primeiros sites a que acedi e que ainda hoje fazem parte dos meus favoritos foi o "Ciberdúvidas da Língua Portuguesa". Visitem-no, guardem-no e usem e abusem dele antes de clicar no botãozinho que está ali em cima e que diz "publicar". Vão ver que não se arrependem :)
E aproveitem para ver a explicação sobre a lição de hoje. Está muito bem explicadinha, com exemplos e tudo. Já não há desculpa para este deslize.
Por isso vou criar a rubrica dos bons tratos à nossa querida língua materna.
Na lição de hoje:
Não se diz "há meses atrás", diz-se "há meses". O verbo haver indica a existência de um período desde o momento em que se passou a acção até ao momento em que a frase é dita.
E quem diz "há meses atrás", diz "há duas horas atrás", "há umas semanas atrás", etc. Seja como for, qualquer destas expressões está errada. Com o presente do indicativo do verbo haver (há) não se usa a palavra "atrás" e ponto final.
A propósito do bem tratar da língua portuguesa deixo-vos uma dica que no fundo é também um convite. Quando me estreei nesta coisa da net pela primeira vez, já lá vão uns anos bons, um dos primeiros sites a que acedi e que ainda hoje fazem parte dos meus favoritos foi o "Ciberdúvidas da Língua Portuguesa". Visitem-no, guardem-no e usem e abusem dele antes de clicar no botãozinho que está ali em cima e que diz "publicar". Vão ver que não se arrependem :)
E aproveitem para ver a explicação sobre a lição de hoje. Está muito bem explicadinha, com exemplos e tudo. Já não há desculpa para este deslize.
Só por causa das "doses"
Aviso já que neste blogue não se respeita o acordo ortográfico. Blagh.... Fogo, até me arrepiei só de pensar no assunto.
domingo, 27 de julho de 2014
Porque detesto os domingos à tarde...
... porque na segunda tenho que ir trabalhar.
Não vos acontece? O sábado passa a correr, é um instantinho, quando nos apercebemos já era. Já não sobra nada, ficou lá atrás.
Depois o domingo passa a uma rapidez tal que quando damos conta já está quase a acabar e esta realidade coincide com aquele momento em que finalmente estamos com a sensação de ser fim de semana e de repente bate aquele sentimento de "está a acabar, amanhã já é segunda". E pronto, o domingo deixa de saber ao mesmo, passa a amargar.
Como detesto os domingos à tarde. Pior mesmo é que vou detestar ainda mais a segunda. Fogo!
Não vos acontece? O sábado passa a correr, é um instantinho, quando nos apercebemos já era. Já não sobra nada, ficou lá atrás.
Depois o domingo passa a uma rapidez tal que quando damos conta já está quase a acabar e esta realidade coincide com aquele momento em que finalmente estamos com a sensação de ser fim de semana e de repente bate aquele sentimento de "está a acabar, amanhã já é segunda". E pronto, o domingo deixa de saber ao mesmo, passa a amargar.
Como detesto os domingos à tarde. Pior mesmo é que vou detestar ainda mais a segunda. Fogo!
sábado, 26 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Escrever todos os dias, nem que seja uma asneira
O pensamento que mais me atormenta é envelhecer e perder as minhas capacidades mentais. A ideia de deixar de saber quem sou, de deixar de reconhecer os que amo e que me amam é das coisas que mais me assustam.
Escrever todos os dias, seja o que for, até mesmo um disparate qualquer, mas obrigar-me a esta rotina dá-me a sensação de controlo sobre a minha mente. Enquanto escrevo sinto, sinto que existo, sinto quem sou.
Ainda não foi hoje que perdi as capacidades mentais.
Escrever todos os dias, seja o que for, até mesmo um disparate qualquer, mas obrigar-me a esta rotina dá-me a sensação de controlo sobre a minha mente. Enquanto escrevo sinto, sinto que existo, sinto quem sou.
Ainda não foi hoje que perdi as capacidades mentais.
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